- julho 10, 2024
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Câmara rejeita mudanças do Senado e aprova novo ensino médio, que vai à sanção
A Câmara dos Deputados aprovou na noite de terça-feira (9) novas alterações na reforma do ensino médio, que agora segue para sanção presidencial após já ter sido analisada pelo Senado.
Aumento da carga horária para formação geral básica
O texto aprovado mantém o aumento da carga horária da formação geral básica de 1,8 mil para 2,4 mil horas nos três anos do ensino médio, destinado aos alunos que não optarem pelo ensino técnico. A carga horária total permanece em 3 mil horas para todo o ensino médio.
Para completar as 3 mil horas, os estudantes deverão escolher uma área específica para aprofundamento, totalizando 600 horas em um dos itinerários formativos disponíveis: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ou ciências humanas e sociais aplicadas.
Controvérsias e debate sobre idiomas e grade curricular
O Senado havia proposto uma divisão mínima de 70% para disciplinas básicas e 30% para os itinerários formativos, o que foi rejeitado pelos deputados. Com isso, os itinerários formativos poderão abranger mais que 30% da grade curricular.
Houve também discordância quanto à inclusão do espanhol como idioma obrigatório. O deputado Mendonça Filho argumentou que isso criaria despesas públicas significativas, sugerindo que a obrigatoriedade do espanhol fosse decidida por cada estado.
Celebração e expectativas após a aprovação
Após a aprovação na Câmara, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o diálogo envolvendo estudantes, professores e parlamentares na elaboração da reforma. Ele enfatizou a importância das mudanças para tornar o ensino médio mais atrativo e preparatório para as demandas do país.