• maio 10, 2024
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Maternidade reduz número de casos de sífilis em bebês

Maternidade reduz número de casos de sífilis em bebês

A sífilis é uma doença fácil de detectar e tratar. No entanto, é a causa de muitas mortes de bebês ainda durante a gestação de suas mães. Embora os números tenham caído, ainda há muitos casos que podem ser evitados e, se diagnosticados, tratados precocemente. A Maternidade Municipal Mário Niajar, no Mutondo, presta assistência obstétrica e trata a doença em mães e filhos após diagnóstico durante a internação.

A investigação da sífilis e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) faz parte do pré-natal. Quando diagnosticada durante a gravidez, ela é facilmente tratada e impede que o bebê seja contaminado. No entanto, muitas grávidas sequer fazem pré-natal e descobrem que estão com sífilis na maternidade, quando passam pelos exames na admissão. A doença, na maioria das vezes, não tem sintoma, mas afeta drasticamente o bebê.

“Se não for tratada durante a gestação, a mãe pode transmitir para o bebê (sífilis congênita). Além da morte prematura do bebê, ela pode causar pneumonia, várias sequelas e, inclusive, retardo mental. Por isso, é importante que as gestantes façam o pré-natal. E, constatando a sífilis, que façam o tratamento mesmo sem apresentar nenhum sintoma. O tratamento é rápido, fácil e evita o risco de passar para o bebê”, explicou a médica neonatologista Cláudia Sarsinelli.

Protocolo da Maternidade Municipal

É protocolo da Maternidade Municipal também fazer a investigação da infecção no bebê quando nasce – no caso daqueles que a mãe está contaminada ou teve sífilis durante a gestação. Mas apesar de ter tratamento que pode curar o recém-nascido, ele é mais demorado e necessita de internação por alguns dias.

“É muito mais fácil e importante a mãe cuidar durante a gravidez. O tratamento para a mãe é injetável. Ela toma medicação e vai para casa. Para o bebê é intravenoso. Por isso, ele precisa ficar internado e atrasa as altas de mãe e filho, que ocupam leito por mais tempo na unidade. É uma doença que é fácil de diagnosticar e tratar, e, infelizmente, a gente não consegue erradicar”, contou a médica obstetra Cristiane Fontes, responsável pela Comissão de Análises de Óbitos.

Apesar de ainda altos, os óbitos por sífilis materna diminuíram na maternidade. Há quatro anos, eles representavam entre 60 e 70% dos óbitos fetais. Atualmente, são cerca de 40%. Em relação à sífilis congênita, a média é de 26 casos por mês, quase 10% dos nascidos vivos. Esse número já foi de 50. A maternidade já teve 30% dos leitos ocupados por puérperas acompanhando os seus bebês com sífilis em tratamento. Hoje, esse número é de 15%.

“A incidência de sífilis já foi maior. Os números demonstram que o pré-natal está melhorando e as mães estão sendo tratadas. Mas o ideal é não ter. As mães não devem chegar à maternidade com sífilis. Temos que erradicar essa doença. Só neste ano, até o fim de março, 156 gestantes deram entrada na maternidade com sífilis e 64 bebês nasceram com sífilis congênita”, finalizou a diretora médica da maternidade, Adriana Freire.

Tratamento e Prevenção

Tratamento: A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST). A única forma de prevenir a doença é com o uso do preservativo, já que a mesma é contraída, principalmente, através de contato sexual. Para detectar a sífilis, basta realizar o teste rápido em qualquer unidade básica de saúde (com exceção da USF Neves), que têm os testes disponíveis durante todo o ano, sempre de segunda a sexta, das 9h às 16h.

Prevenção: Além da grávida, é necessário que o parceiro sexual também seja tratado para evitar a reinfecção da gestante e a contaminação do bebê. O tratamento pode ser realizado em um dos cinco polos sanitários da cidade, em quatro clínicas e na Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis, na Parada 40.

Sintomas

O primeiro sinal da doença é um cancro duro (lesão/ferida), que pode ser na boca (transmitida através do sexo oral), genitália ou ânus. Com um tempo, a ferida some. Depois de algumas semanas, aparece o segundo estágio da doença, chamada de sífilis secundária, que são lesões avermelhadas pelo corpo, mas principalmente na sola dos pés e palmas das mãos. Na forma latente, ela é silenciosa e sem sint

omas.

Locais de tratamento

  • Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara
  • Polo Sanitário Jorge Teixeira de Lima, Jardim Catarina
  • Polo Sanitário Augusto Sena, Rio do Ouro
  • Polo Sanitário Washington Luiz Lopes, Zé Garoto
  • Polo Sanitário Paulo Marques Rangel, Portão do Rosa
  • Clínica Municipal Gonçalense do Barro Vermelho
  • Clínica da Família Dr. Jardel do Amaral, Venda da Cruz
  • Clínica Municipal Gonçalense do Mutondo
  • Clínica da Família Dr. Zerbini, Arsenal
  • Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis

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