São Gonçalo Avança no Rastreamento do Transtorno do Espectro Autista

São Gonçalo acaba de implementar um novo programa de rastreamento para o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com foco especial em crianças.

A iniciativa faz parte do Programa Municipal de Atenção Integral à Saúde das Pessoas com TEA, coordenado pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil. O objetivo é capacitar profissionais para identificar sinais precoces e melhorar o atendimento a essa população. 🔍

Os principais benefícios do programa incluem:

• Capacitação de mais de 450 profissionais da saúde 👩‍⚕️
• Rastreamento precoce do autismo na atenção básica 🏥
• Redução do estigma e do preconceito na sociedade ✊
• Fortalecimento da rede de apoio às famílias 🤝

Capacitação dos Profissionais de Saúde

Mais de 450 servidores, incluindo enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos, já foram treinados para reconhecer sinais do Transtorno do Espectro Autista. As capacitações ocorrem regularmente, e a meta é que 80% dos profissionais da rede básica estejam qualificados até o final do ano.

Durante o treinamento, os participantes aprendem a utilizar ferramentas padronizadas pelo Ministério da Saúde, além de práticas de acolhimento e comunicação eficaz com pacientes autistas e suas famílias.

“A atenção primária é a porta de entrada para o cuidado. Capacitar os profissionais é essencial para melhorar a qualidade do atendimento.” – Gabriel Mello, Secretário de Saúde

Estrutura do Programa e Níveis de Suporte

O programa municipal oferece suporte especializado conforme o nível de necessidade do paciente. O atendimento é dividido em três categorias, de acordo com a gravidade do transtorno.

Os níveis de suporte são:

1. Nível 1 (Leve): Dificuldade leve em interações sociais, mas com linguagem funcional preservada.
2. Nível 2 (Moderado): Déficits significativos na comunicação e interação social, com necessidade de suporte mais estruturado.
3. Nível 3 (Severo): Comprometimento grave na comunicação e comportamento, exigindo suporte contínuo em todas as áreas da vida.

“O TEA não é uma doença, mas uma condição neurológica. O diagnóstico precoce faz toda a diferença para melhorar a qualidade de vida.” – Ana Rangel, Coordenadora do Programa

Panorama do Autismo em São Gonçalo

Atualmente, não há um censo oficial sobre a população autista no Brasil. No entanto, estimativas baseadas em dados do CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) indicam que São Gonçalo pode ter cerca de 25 mil autistas.

Os números mostram a importância de um programa estruturado de atendimento, garantindo acesso a diagnóstico, laudos médicos e terapias adequadas para cada necessidade.

Base Legal e Desenvolvimento do Programa

A iniciativa de São Gonçalo foi baseada na Lei Berenice Piana (12.764/12), que criou a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TEA. A legislação garante direitos fundamentais, como atendimento especializado e inclusão social.

O desenvolvimento do programa começou em junho de 2024 e passou por várias etapas até ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde em novembro do mesmo ano. A publicação no Diário Oficial ocorreu em janeiro de 2025, consolidando a iniciativa.

Perguntas frequentes sobre o rastreamento do TEA em São Gonçalo

Como é feito o rastreamento precoce do TEA?

O rastreamento é realizado por profissionais de saúde capacitados que utilizam instrumentos padronizados para identificar sinais precoces do transtorno.

O programa oferece suporte para todas as idades?

O foco principal está nas crianças, mas o suporte é estendido a todas as idades conforme a necessidade do paciente.

Onde buscar atendimento em São Gonçalo?

As unidades de saúde da Atenção Básica são o ponto de entrada para avaliação e encaminhamento para especialistas.

Fonte: Ministério da Saúde