- julho 29, 2024
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Taxação de super-ricos enfrenta resistência no G20
Taxação de super-ricos é a principal proposta econômica do Brasil à frente da presidência do G20, enfrentando resistências, especialmente de países ricos como os EUA. Durante as negociações, ficou claro que o avanço será mais lento do que o governo brasileiro esperava.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lideram essa iniciativa. Apesar de ser uma “conquista de natureza moral”, Haddad admite que a implementação internacional pode ser lenta, levando anos para ser concretizada.
Desafios e concessões nas negociações
Durante as negociações no G20, o Brasil teve que fazer concessões para incluir a taxação de super-ricos no documento final. O tema foi separado do comunicado geral para evitar bloqueios de países contrários. Esta separação, segundo a secretária Tatiana Rosito, foi necessária devido à importância do assunto.
Os Estados Unidos, liderados pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, se opuseram a um sistema internacional para tributar bilionários, preferindo que cada nação trate do assunto individualmente. Yellen argumentou que a coordenação entre diferentes políticas tributárias é desafiadora e indesejável.
Impactos e expectativas futuras
A proposta do Brasil se baseia nos estudos do economista Gabriel Zucman, que sugere uma alíquota anual mínima de 2% sobre a riqueza dos bilionários. Atualmente, a taxa média de impostos dos super-ricos é de apenas 0,3%. Zucman estima que essa medida poderia arrecadar US$ 250 bilhões anuais globalmente.
Lula argumenta que a taxação de super-ricos ajudará a combater a desigualdade de renda e financiar políticas globais contra a fome e a pobreza. Além disso, parte dos recursos pode ser destinada à transição ecológica. Apesar da resistência, a proposta continua sendo promovida internacionalmente.
“A luta pela justiça tributária é uma batalha moral e social que precisa ser enfrentada em âmbito global.” – Fernando Haddad
Perguntas Frequentes
- Qual é a proposta de taxação dos super-ricos?
- A proposta é cobrar uma alíquota anual mínima de 2% sobre a riqueza acumulada por bilionários.
- Quais países resistem à proposta?
- Os Estados Unidos são os principais opositores, preferindo tratar a questão individualmente.
- Quais são os objetivos da taxação de super-ricos?
- Combater a desigualdade de renda, financiar políticas contra a fome e a pobreza, e apoiar a transição ecológica.
Para mais informações sobre a proposta e as negociações, visite o Poder360.