- setembro 19, 2024
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Vacina oral contra a pólio será substituída por versão injetável até novembro
A vacina oral poliomielite, conhecida como gotinha, será substituída pela versão injetável, seguindo recomendações da OMS. Essa medida visa aprimorar o controle da pólio, especialmente em países como o Brasil. A vacina inativada poliomielite (VIP) passará a ser a principal opção.
Segundo o Comitê Materno-Infantil, a previsão é de que a mudança ocorra até 4 de novembro. Essa decisão tem como base dados recentes, que mostram a necessidade de uma solução mais eficaz na erradicação do vírus.
Porque substituir a gotinha pela versão injetável?
A vacina oral contém o vírus enfraquecido, que, em áreas com condições sanitárias precárias, pode levar a casos de pólio derivados da vacina. Embora esses casos sejam raros, a substituição pela vacina injetável visa reduzir esses riscos.
A substituição faz parte de uma recomendação internacional. Segundo especialistas, a vacina injetável tem maior eficácia em cenários de baixa cobertura vacinal e evitará a reintrodução do vírus no Brasil, onde a pólio foi erradicada em 1989.
A vacinação injetável contra a pólio representa uma solução mais segura e eficaz, garantindo a proteção das crianças sem os riscos associados à VOP.
Recomendações da OMS e do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anunciou que a VIP já vinha sendo usada em algumas fases do calendário vacinal. Desde 2023, ela substituiu a versão oral no reforço dado às crianças com 15 meses. A mudança é parte de um esforço global para erradicar a pólio.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacina oral seja usada apenas em cenários específicos, como surtos em áreas de conflito. A vacina injetável será aplicada a partir de 2024 para garantir proteção mais abrangente.
A OMS alerta que a mudança para a vacina injetável é fundamental para evitar surtos futuros em regiões vulneráveis, como o Oriente Médio e a África.
Impacto da pandemia na vacinação contra pólio
Entre 2019 e 2021, cerca de 67 milhões de crianças não receberam todas as doses da vacina, um problema exacerbado pela pandemia. A interrupção das campanhas de imunização deixou lacunas preocupantes, principalmente em países com infraestrutura de saúde fragilizada.
O Brasil, mesmo sem registrar casos de pólio desde 1989, viu suas coberturas vacinais caírem nos últimos anos. A adoção da VIP é uma estratégia para garantir que a doença não retorne ao país, reforçando a importância da vacinação infantil.
Como garantir a proteção infantil com a nova vacina?
A vacinação injetável será incorporada integralmente ao calendário de vacinação infantil, sendo aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida. O esquema com quatro doses garantirá proteção completa, sem a necessidade de uma dose de reforço aos 4 anos.
A atualização do calendário vacinal levou em consideração evidências científicas e recomendações internacionais. Isso garante que o Brasil siga alinhado às melhores práticas globais, evitando o retorno de doenças já erradicadas no país.
Perguntas Frequentes sobre a Vacina contra Pólio
Por que a vacina oral será substituída?
A vacina oral será substituída por conter o vírus enfraquecido, que pode causar poliomielite em regiões com baixa condição sanitária.
A vacina injetável é segura?
Sim, a vacina injetável é mais segura e eficaz, eliminando os riscos de pólio derivados da vacina oral.
Quando a mudança ocorrerá?
O Brasil substituirá a vacina oral pela injetável até 4 de novembro de 2024, conforme o calendário vacinal do Ministério da Saúde.