• outubro 4, 2024
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Violência política pré-eleições aumenta 130% em quatro anos

Violência política pré-eleições aumenta 130% em quatro anos

Violência política no Brasil atingiu um novo pico nas vésperas das eleições de 2024, registrando um salto de 130% em relação ao período pré-eleitoral de 2020. Esse aumento reflete o ambiente cada vez mais tenso e perigoso que envolve a política no país.

Segundo um estudo da Terra de Direitos e Justiça Global, entre novembro de 2022 e agosto de 2024, houve um total de 299 casos de violência política. O dado é alarmante e inclui episódios que vão desde ameaças até assassinatos.

Escalada da violência política em 2024

No contexto eleitoral de 2024, o Brasil enfrenta um aumento sem precedentes na violência política. De acordo com o estudo, só este ano, 145 episódios foram registrados, incluindo 14 assassinatos. Este dado é um reflexo das crescentes tensões políticas.

Os casos mais comuns de violência política incluem ameaças, agressões e atentados. Essas situações são alarmantes, pois demonstram o quanto a política tem se tornado um campo de constante perigo para candidatos e eleitores.

A escalada da violência política pode ser vista como uma ameaça à democracia e ao processo eleitoral justo no Brasil.

Aumento de ataques a políticos

Um dos aspectos mais preocupantes do estudo é o fato de que 77% das vítimas de violência política ocupam cargos públicos ou concorrem a eles. A esquerda, em particular, foi alvo de 89 ataques, especialmente contra membros do PT e do Psol.

Além disso, o estudo aponta que os ataques são mais frequentes em candidatos de partidos progressistas, reforçando a polarização política no Brasil. A violência física e psicológica tem se tornado uma arma para desestabilizar o campo progressista.

Recorte de gênero nos ataques

Outro ponto relevante destacado no estudo é a disparidade de gênero. Mulheres, especialmente negras e trans, foram alvo de 46% dos ataques. As ameaças de violência sexual foram comuns, com 15 casos de ameaças de estupro registrados.

Esse recorte revela um aspecto ainda mais cruel da violência política: quando as vítimas são mulheres, especialmente mulheres negras ou trans, o uso de violência de gênero como ferramenta de intimidação é recorrente.

“A violência política afeta diretamente as mulheres, especialmente negras e trans, que são desproporcionalmente alvo de ataques”, alerta Sandra Carvalho, coordenadora da Justiça Global.

Ações para conter a violência política

Apesar do aumento alarmante da violência, o estudo aponta para a necessidade urgente de medidas coordenadas para combater o problema. Segundo especialistas, o Estado brasileiro deve liderar essas ações.

As leis existentes são vistas como punitivas, mas pouco eficazes na prevenção. É fundamental criar uma cultura de respeito e educação política, para que o debate democrático possa ocorrer de forma saudável e sem violência.

Dicas para combater a violência política

  • Educação cívica e política nas escolas.
  • Campanhas de conscientização pública.
  • Leis mais eficazes e de caráter preventivo.

Linha do tempo da violência política no Brasil

  1. 2016: A violência política começa a ser monitorada, com crescimento gradual.
  2. 2020: Primeiro aumento significativo, com um caso a cada sete dias.
  3. 2024: Frequência alarmante, com um caso de violência política a cada dia e meio.

Perguntas Frequentes (FAQ)

O que é violência política?

É qualquer ato de agressão, ameaça ou intimidação realizado contra uma pessoa devido à sua atividade ou envolvimento político.

Quem são as principais vítimas da violência política?

De acordo com estudos, 77% das vítimas são políticos em exercício, com mulheres negras e trans sendo desproporcionalmente afetadas.

Quais são as principais formas de violência política?

A violência política se manifesta por meio de ameaças, atentados, agressões físicas e, em casos extremos, assassinatos.


Fonte: Brasil de Fato