• setembro 18, 2024
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Mulheres ganham 20,7% a menos que homens no Brasil

Mulheres ganham 20,7% a menos que homens no Brasil

A diferença salarial entre homens e mulheres aumentou este ano, com as mulheres recebendo 20,7% a menos que os homens. Em março, a disparidade era de 19,4%, segundo dados recentes do Ministério do Trabalho. Esse cenário reflete uma desigualdade persistente, que afeta, principalmente, as mulheres negras.

Embora houvesse expectativas de melhorias, a diferença salarial se ampliou em setores importantes do mercado. As mulheres em cargos de gerência e direção, por exemplo, ganham apenas 73% do que seus colegas homens. Essa disparidade é alarmante, evidenciando a necessidade de políticas mais eficazes para combater essa desigualdade.

Aumento da disparidade em 2024

Desde março, a disparidade salarial entre homens e mulheres aumentou. Em cargos de chefia, essa diferença é ainda mais evidente, com as mulheres ganhando menos, mesmo ocupando posições similares. O governo tem monitorado essa questão de perto, mas as soluções ainda são limitadas.

Um dos fatores que contribui para esse cenário é o fato de que mulheres, principalmente as negras, têm menos oportunidades de ascender a cargos de liderança. Além disso, a presença feminina é menor em setores que oferecem melhores remunerações, o que agrava a desigualdade de renda.

“Mulheres negras ganham, em média, 35,38% a menos que mulheres não negras e quase metade do salário de homens não negros.”

Impacto nas mulheres negras

As mulheres negras enfrentam as maiores disparidades salariais. Enquanto as mulheres brancas recebem em média R$ 4.249,71, as negras ganham apenas R$ 2.745,76, uma diferença significativa. Essa desigualdade é um reflexo de questões estruturais profundas que persistem no mercado de trabalho brasileiro.

Além disso, as mulheres negras enfrentam maiores barreiras na obtenção de empregos qualificados e na ascensão a posições de liderança. Essas condições tornam ainda mais difícil a equiparação salarial entre gêneros e raças no Brasil, e reforçam a importância de políticas que promovam a inclusão.

Plano Nacional de Igualdade Salarial

O governo lançou recentemente o Plano Nacional de Igualdade Salarial, com o objetivo de diminuir essa diferença de rendimentos entre homens e mulheres. O plano inclui 79 ações estratégicas, como capacitação de mulheres jovens e inclusão do tema nas negociações sindicais.

Embora essas iniciativas sejam passos importantes, muitos especialistas argumentam que elas precisam ser acompanhadas por mudanças estruturais mais profundas. Sem essas alterações, a desigualdade pode continuar aumentando, prejudicando gerações de mulheres trabalhadoras no Brasil.

“As mulheres, sobretudo as negras, continuam a enfrentar barreiras invisíveis no mercado de trabalho, que limitam suas oportunidades de crescimento.”

Dicas para promover a igualdade salarial

  • Implementar programas de mentoria para mulheres em todos os níveis hierárquicos.
  • Incluir cláusulas de equiparação salarial em contratos coletivos de trabalho.
  • Promover treinamentos sobre viés inconsciente para gestores de grandes empresas.

Linha do tempo da desigualdade salarial

  1. Março de 2024: Diferença salarial era de 19,4%.
  2. Setembro de 2024: Diferença aumenta para 20,7%.
  3. Lançamento do Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral.

Fontes: G1

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